quinta-feira, 16 de junho de 2011

o sentido da vida e outras balelas sentimentais

Ontem descobri, não serei absolvida, presa ao nada do profundo exame do sentido da vida e pensando em como poderíamos chamar de doença o sentimento de vazio que vivemos na atualidade....pensei em Birman, em Bauman, em Kehl, e a casca estava mesmo grossa.....foi quando disse ao meu esposo : a morte de Deus ou sua dissolução na bíblia de fato é um problema interessante, visto que sempre buscamos o sentido , qualquer poder nos parece tamponar a falta, enganar o vazio....falei bem brevemente, por falar, pensando alto no meu próprio desejo de achar alguns sentidos....ele como de costume, primeiro com sarcasmo zombou da morte de Deus, pois como bom ateu, não se lembra de Deus ter um dia existido....mas a parte inesquecível desta breve conversa de fim de tarde, foi que ele se levantou, e pegou um copo para beber água dizendo assim: eu não entendo porque precisa de sentido, não busco isso, pra mim é assim, simples, é viver, é como pegar esse copo e colocar aqui- botou o copo na pia e foi fumar, simples como ele é. Complicada como sou, tentei prosseguir, mas na verdade ficou-me Adélia batendo na mente "como o pai na mesa, batendo o osso no garfo para tirar o tutano, embebido de tal modo em suas ações ... desejei ser assim, desejei sempre, tomava banho sabendo, sabia que namorava, assistia-me existindo exaurida...."

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